quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dicas de socialização para pessoas com Asperger

                                                   Olá amigos,
Encontrei este texto maravilhoso, achei muito muito interessante e importante em compartilhar com todos vocês. É necessário que todos que convivem e trabalhem com portadores de asperger, saibam dessas dicas de socialização. 

Asperger é uma forma de alto funcionamento de autismo. As pessoas podem levar vidas produtivas, muito completas, especialmente quando eles aprendem a gerenciar a socialização.
  Socialização e Síndrome de Asperger

   Os aspies freqüentemente desenvolvem interesses limitados e raramente rotinas. Eles podem ter diferenças de fala e linguagem, como falar muito formal ou em um tom monótono. Muitos são desajeitados e descoordenados. No entanto, a socialização é muitas vezes o desafio mais difícil.

Podem ter problemas ao usar e entender a comunicação não-verbal. Isso inclui o uso de gestos, expressões faciais e linguagem corporal. Além disso, eles podem ter comportamentos socialmente inadequados, que os restringem severamente de terem relacionamentos bem sucedidos com os pares. Para melhorar estas situações, indivíduos com síndrome de Asperger precisam aprender métodos de enfrentamento, bem como expandir sua compreensão da socialização.

Os aspeis geralmente querem se encaixar e ter relacionamentos com outras pessoas. Eles simplesmente não sabem como fazê-los corretamente. Eles não têm uma compreensão de regras sociais convencionais e muitas vezes parecem sem empatia.

 
Algumas dicas de socialização para pessoas com Asperger  A fim de melhorar a socialização, as pessoas com SA precisam aprender e se concentrar na socialização intelectualmente. O que pode vir naturalmente para aqueles sem Aspergers ou concentração necessidades autismo por aqueles com a doença.
  •     Educação é a chave: Educação é uma parte importante de socialização de Asperger. As crianças pequenas podem ser incapazes de compreender as habilidades de socialização, inicialmente, mas quando ficam mais velhos, eles podem aprender que gestos significam e como interagir com os colegas.
  •     Ajuda social profissional: Trabalhar com um psicólogo e conselheiro de ensinar e melhorar as habilidades sociais. Alguns com esta forma de alta de autismo pode aprender a ser social. Terapias muitas vezes ensinar os pacientes a reconhecer Asperger situações-problema em potencial. Além disso, esses profissionais ensinar e praticar estratégias com os pacientes para que eles possam lidar com a maioria das situações.
  •     Comunique-se com Fotos: Para ensinar as crianças a ser social, incorporar histórias em imagens em suas vidas diárias. Isso é importante para assuntos difíceis como a partilha e comunicação de sentimentos. As histórias devem comunicar como lidar com a situação.
  •     Regras da linguagem social: Trabalhar com um fonoaudiólogo que irá avaliar e oferecer ajuda para as crianças com a linguagem. Mesmo que a criança pode falar perfeitamente, aprendendo linguagem social é muitas vezes necessário. Aprender contato com os olhos de um fonoaudiólogo, por exemplo, é uma habilidade importante.
  •     Ajuda a fazer amigos: Na escola e em outras situações sociais, as pessoas com síndrome de Asperger irá funcionar melhor com a ajuda dos pais. Encontre um amigo para o aluno na escola que eles sabem e podem trabalhar. A criança pode, eventualmente, aprender com o amigo como interagir.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM X DEFICIENCIA

Como Professora da Sala de Recursos Multifuncionais , tenho me deparado  a nossas escolas com as angústias de professores e diretores em diferenciar DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM de DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, realmente não é nada fácil, já que há uma linha tênue que os separa.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

1. O que é?
      O termo refere-se não a um único distúrbio, mas a vários problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. O que as crianças com dificuldades de aprendizagem têm em comum é o baixo desempenho inesperado.Embora os prejuízos neurológicos possam afetar qualquer área do funcionamento cerebral, as deficiências que mais tendem a causar problemas acadêmicos são aquelas que afetam a percepção visual, o processamento da linguagem, as habilidades motoras finas e a capacidade para focalizar a atenção. Pode ocorrer também a hiperatividade e outros comportamentos problemáticos, além de problemas emocionais relacionados. Problemas emocionais também podem levar às dificuldades na aprendizagem.

2. Definição de Dificuldades de Aprendizagem
Comitê Associado Nacional para desordens de Aprendizagem, EEUU, 1988:
"Desordens de aprendizagem" é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestado por significativas dificuldades na aquisição e utilização das habilidades da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio e matemática. Estas desordens são intrínsecas ao indivíduo e supostamente devidas à disfunção do sistema nervoso central, podendo ocorrer durante toda a vida. Podem existir junto com as desordens de aprendizagem, problemas nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação social. Mesmo que as desordens de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras deficiências (como, por ex., deficiência sensorial, retardo mental, distúrbio sócio-emocional) ou influências extrínsecas (como, por ex., diferenças culturais, instrução insuficiente ou inadequada), elas não são o resultado direto de tais condições ou influências.
As Dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita surgem em alunos que não apresentam problemas de compreensão, que perfeitamente entendem ordens, tem autonomia e são extremamente espertos em realizar outras atividades, esse já é o primeiro e mais importante passo para que se exclua a Deficiência Intelectual.É claro que de forma alguma estou afirmando que as questões de saúde não fazem parte da vida desse aluno, muito pelo contrário, visto que a Dificuldade de Aprendizagem é uma questão biológica ela deve ser investigada por estes profissionais.

Listei alguns problemas que podem ajudar a excluir a Deficiencia Intectual.


Problemas Visuais Perceptuais:
• Dificuldade de distinção de vários formatos e tamanhos;
• Dificuldade de colorir, escrever e recortar;
• Falta de estabilidade no uso das mãos; trocando a direita e a esquerda muitas vezes para realizar uma tarefa;
• Letras e palavras ao contrário.

Problemas de Memória e Atenção:
• Dificuldade de concentração.
• Não ouve bem;
• Esquece fácil;
• Não é capaz de seguir instruções com vários passos.

Deficiência de Linguagem:
• Demora no desenvolvimento da linguagem;
• Tem dificuldades de formar sentenças e encontrar palavras certas.

Problemas de Leitura:
• Problema com os sons das palavras;
• Dificuldade de entender palavras e conceitos;
• Troca letras por ordem incorreta ou letras erradas.
  
O insucesso na aprendizagem da Matemática pode ser devido a várias causas: ensino inferior, capacidade intelectual limitada, disfunções do sistema nervoso central.

Discalculia - é a dificuldade parcial para operar matematicamente, falhando no processo de aprendizagem.

Crianças com distúrbios na Matemática apresentam incapacidade para:
  • Estabelecer correspondência 1 a 1;
  • Fazer uma contagem com sentido;
  • Associar símbolos auditivos a visuais (faz contagem oral mas não identifica o número visual);
  • Aprender a contagem através dos cardinais e ordinais;
  • Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
  • Compreender o princípio de conservação de quantidades;
  • Executar operações aritméticas, bem como para compreender o significado dos sinais (+ - x :);
  • Compreender os princípios de medida;
  • Obedecer e recordar a seqüência dos passos que devem ser dados em operações matemáticas diversas;
  • Escolher os princípios para solucionar problemas de raciocínio aritmético. (a criança consegue ler as palavras e resolver os problemas quando o princípio lhe é dado - somar, subtrair, multiplicar etc. Sem ajuda, porém não tem condições de determinar o processo que deve usar).

Esses distúrbios podem estar associados a:
  • Distúrbios de linguagem: a criança se sai bem em cálculos mas é inferior no que diz respeito ao raciocínio e aos testes de vocabulário aritmético.
  • Memória auditiva:
           - problemas de reorganização auditiva que impedem a criança de recordar números com rapidez;
           - a criança não consegue ouvir os enunciados apresentados oralmente e não é capaz de guardar os fatos, o que a impede de resolver os problemas matemáticos propostos.
  • Distúrbios de leitura: a criança apresenta dificuldade para ler os enunciados dos problemas, mas são capazes de fazer cálculos quando as questões são lidas em voz alta.
  • Distúrbios de escrita: crianças disgráficas não conseguem aprender os padrões motores para escrever letras ou números.
FALHAS
CAUSAS
- No pensamento operatório: referem-se à impossibilidade da criança de operar, pois necessita de "estruturas mentais" para isso:
. Incapacidade de realizar cálculos mentais
. Necessidade absoluta de concretizar as operações (uso de dedos, traços, etc.)
. Dificuldade para compensar ordens, nas operações
. Impossibilidade de estabelecer uma operação ou operações correspondentes a um problema, sem apresentar dificuldade de leitura compreensiva, mesmo com o professor lendo o problema
. Incapacidade de compreender a multiplicação como abreviação da soma, e a divisão como abreviação da subtração
. Grandes dificuldades no manejo reversível de operações ou problemas
- Falta da noção maior/ menor nos números
- Falta da noção antes/depois
- Se não existe a conservação de substância, seriações e classificações, não haverá possibilidade de integrar a noção de número
- Reversão na escrita dos números
- Reversão na ordem das cifras de um número
- Falhas na disposição das cifras de um número
- Operar em ordem inversa
- Falha em reconhecimento e discriminação de figuras geométricas
- Dificuldades espaço-
  temporais
- Em um problema, somar em vez de subtrair, ou dividir em lugar de multiplicar, apesar das relações terem sido bem compreendidas e a criança ter podido encontrar o erro por si mesma
- Pular operações em um problema ou saltar as próprias etapas da operação
- Repetir operações em um problema ou etapas da operação
- Associar elementos de uma etapa com elementos de outra, criando uma relação totalmente estranha
- Confundir o número com o qual se deve operar na multiplicação ou subtração
- Dificuldades de  figura-fundo
- Falhas de atenção
- Ausência de estrutura mental para o manejo dos números
- Dificuldade de captação da estrutura de um problema, através da leitura de seu enunciado, sem interferir com a capacidade de cálculo quando são lidos em voz alta
- Falhas lingüísticas (devido aos problemas de leitura) - leitura hiperanalítica, não conseguindo compreender as instruções e os enunciados matemáticos
- Associações extremamente absurdas ou raras que a criança cria
- Desinibição perceptiva
- Falta de atenção
- Dificuldades de  pensamento operatório
- Falta de concretização
- Aparecem falhas na evocação correta das tabuadas, ou falhas de figura-fundo, ou erros estranhos, por estarem realizando operações excessivamente extensas, ou problemas de muitas etapas
- Falhas de sobrecarga
- Dificuldade em memorizar tabuadas de +, -, x, mesmo havendo estruturas operatórias corretas
- Esquecer de efetuar a compensação na soma, na subtração, na multiplicação
- Esquecer de efetuar parte das operações ou dos problemas, mesmo quando a estrutura em si esteja correta
- Falhas mnêmicas (de memória), por não poder memorizar aquilo que não compreende - não há estruturas mentais para a compreensão de operações

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A Deficiência Intelectual é associada a manifestação de limitações em mais de uma área de habilidades, tais como:
- atraso no desenvolvimento neuro-psiquicomotor (a criança demora a firmar a cabeça, sentar,andar, falar)
- dificuldades no aprendizado de um modo geral
- não compreende ordens e normas

Lembrando que um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de Deficiência Intelectual.O nivel do grau de desenvolvimento do Deficiênte Intelectual, depende de sua história de vida particular, apoio da família e oportunidades vivificadas, todos são capazes de aprender respeitando-se suas limitações.

Bom queridos professores, simplificando, o meu desejo é que todos tenham ciência que o Ensino Especial está centralizado nas questões da Deficiencia Intelectual e não das Deficiências de Aprendizagem, e que este  diagnóstico esta atrelado a vários fatores emocionais, alterações de atividades nervosas superiores, como retardo específico e de linguagem, dislexia, psicoses e porque não dizer baixo nível sócio econômico e cultural, porém todos os fatores devem ser levados em conta e adequadamente diagnósticados por profissionais da saúde para que nossos alunos não sejam classificados indevidamente.Porém nada impede que pela nossa experiência em campo e nossos incansáveis estudos, possamos colaborar com vocês nas questões que dizem respeito as dificuldades de aprendizagem, embora este não seja o nosso foco.

Um beijo a todos.

ENSINANDO O ALUNO COM SÍNDROME DE ASPERGER


Características comportamentais e de aprendizagem dos estudantes com Síndrome de Asperger (SA):

1. A síndrome de Asperger é caracterizada por um conjunto de sintomas que provocam sofrimento, porque condicionam ou impedem a interação social. Os indivíduos com SA podem desejar relacionar-se com os outros, mas não sabem como, pelo que podem abordar os outros de maneira peculiar (Klin & Volkmar, 1997). Falta-lhes frequentemente a compreensão das regras sociais pelo que podem ser socialmente inábeis, ter dificuldade em empatizar, e interpretar mal situações de interação social diária. Indivíduos com SA não aprendem empiricamente as regras da interação social; essas competências têm de lhes ser ensinadas explicitamente.

2. Embora as crianças com SA falem geralmente fluentemente pelos cinco anos de idade, têm frequentemente problemas com pragmática (o uso da língua em contextos sociais), semântica (podendo não reconhecer significados múltiplos de uma palavra) e prosódicos (o tom, a intensidade, e o ritmo do discurso) (Attwood, 1998).

• Estudantes com SA podem ter um vocabulário sofisticado e frequentemente falar incessantemente sobre o seu assunto favorito. O tópico pode ser muito restrito e o indivíduo SA ter dificuldade em mudar para um outro assunto de conversa.
• Podem ser excessivamente retraídos e calados.
• Podem ter dificuldade com as regras da conversação. Os estudantes com SA podem interromper ou falar sobre o discurso do outro, podem fazer comentários irrelevantes e têm muita dificuldade em iniciar e terminar as conversas.
• O discurso pode ser caracterizado por uma falta da variação no tom, na intensidade e no ritmo, e à medida que o estudante vai atingindo a adolescência, o discurso pode tornar-se pedante (excessivamente formal).
• Os problemas de comunicação social podem incluir a postura numa posição demasiado próxima do outro, olhar fixamente, posturas anormais do corpo e, frequentemente, incapacidade em compreender gestos e expressões faciais do outro.

3. O estudante com SA é de inteligência média ou acima da média e pode parecer completamente capaz. Muitos são relativamente proficientes no conhecimento dos fatos, e podem ter a informação factual extensiva sobre um assunto em que estão absorvidos. Entretanto, demonstram fraquezas relativas na compreensão e no pensamento abstrato, assim como na cognição social. Consequentemente, experimentam alguns problemas acadêmicos, particularmente na compreensão da leitura, resolução de problemas, capacidades organizacionais, desenvolvimento de conceitos, deduções e julgamentos. Além disso, têm frequentemente pouca flexibilidade cognitiva.
Quer dizer, o seu pensamento tende a ser rígido. Têm frequentemente dificuldade em adaptar-se à mudança ou à falha pessoal e não aprendem de boa vontade a partir dos seus erros (Attwood, 1998).
4. Estima-se que 50% a 90% das pessoas com SA têm problemas com coordenação motora (Attwood,1998). As áreas afetadas podem incluir a locomoção, habilidades com bola, equilíbrio, destreza manual, escrita manual, movimentos rápidos, ritmo e imitação dos movimentos.

5. Indivíduos com SA partilham características comuns com o autismo em termos das respostas aos estímulos sensoriais. Podem ser hipersensíveis a alguns estímulos e podem engrenar em comportamentos inabituais para obter um estímulo sensitivo específico.

6. Os indivíduos com SA estão frequentemente desatentos e distraem-se facilmente.

7. A ansiedade/depressão é também uma característica associada ao SA. Pode ser muito difícil e penoso para o estudante compreender e adaptar-se às solicitações sociais da escola. A instrução e apoio apropriados podem ajudar aliviar algum do stress.

Estratégias para professores

Muitas das estratégias de ensino para estudantes com autismo são aplicáveis para estudantes com SA. A literatura profissional frequentemente não distingue o autismo de elevada funcionalidade da síndrome de Asperger. Entretanto, é importante considerar as suas características particulares de aprendizagem, para fornecer apoio quando necessário, e construir sobre as suas competências.
O que se segue identifica a dificuldade específica de aprendizagem e sugere um número de estratégias possíveis da sala de aula:

Dificuldade de Aprendizagem Estratégias da Sala de Aula

Dificuldades com linguagem
• tendência fazer comentários irrelevantes
• tendência a interromper
• tendência para falar em sobreposição ao discurso de outro
• dificuldade em compreender linguagem complexa, seguir direções, e compreender a intenção das expressões/palavras com significados múltiplos.
• conversações em tira de BD podem ser utilizadas para exemplificar os problemas relacionados com competências de conversação
• ensine comentários apropriados no início das conversas
• ensine o estudante a procurar o auxílio quando confuso
• forneça instruções como conversar em pequeno grupo
• ensine regras sobre quando participar na conversação, quando responder, interromper, ou mudar o tópico
• use conversações gravadas em áudio e vídeo
• explique metáforas e palavras com significado duplo
• incentive o estudante a pedir que repitam uma instrução, simplificada ou escrita se não a compreender faça pausa entre instruções e verifique que o aluno compreendeu
• limite as perguntas orais a um número que o estudante possa controlar
• mostre vídeos para identificar expressões não verbais e seus significados

Insistência na rotina
• sempre que possível prepare o estudante para qualquer mudança
• use desenhos e histórias sociais para ajudar às mudanças

Pobreza na interação social
• dificuldade em compreender as regras da interação social
• pode ser ingênuo
• interpreta literalmente o que é dito
• dificuldade em ler as emoções dos outros
• falta de tacto
• problemas com distância social
• dificuldade em compreender as regras sociais que «não estão escritas» e, quando as aprendem, pode aplicá-las demasiado rigidamente
• Apresente expectativas claras e regras para o comportamento
• ensine explicitamente regras da conduta social
• ensine ao estudante como interagir usando as histórias sociais, e “role-playing”
• eduque os pares sobre como responder à inabilidade do
• estudante na interação social
• use outras crianças como sugestão/modelo para lhe indicar o que deve fazer
• incentive jogos de equipa
• pode necessitar de apoiar o estudante quando este falha
• use o sistema do «camarada» para ajudar o estudante nas atividades não -estruturadas
• ensine ao estudante como começar, manter e terminar um jogo
• ensine flexibilidade, a cooperação e a partilhar
• ensine aos estudantes como monitorizar seu próprio comportamento
• pode sugerir técnicas de relaxação e ter um lugar sossegado para o estudante relaxar

Escala restrita dos interesses
• limite discussões e perguntas obsessivas
• trace expectativas firmes para a sala de aula, mas forneça também oportunidades para o estudante perseguir seus próprios interesses
• incorpore e expanda os interesse do aluno nas atividades e nas tarefas

Concentração pobre
• frequentemente fora da tarefa
• distraído
• pode ser desorganizado
• dificuldade em manter a atenção
• frequente feedback e re-direção da atenção pelo professor
• reduzir tarefas
• sessões de trabalho com tempo marcado
• reduzir trabalho de casa
• assento na parte da frente da sala
• use deixas não-verbais para chamar e centrar a atenção

Habilidades organizacionais pobres
• use programações e calendários
• mantenha listas das atribuições
• ajude o estudante a usar listas de «a fazer» e listas de verificação

Coordenação motor pobre
• envolva -o em atividades de manutenção física
• pode preferir atividades da aptidão aos desportos de competição
• tenha em consideração uma velocidade mais lenta da escrita no ao atribuir-lhe tarefas (a extensão tem frequentemente de ser reduzida)
• forneça tempo extra para testes
• considere o uso de um computador para tarefas escritas, pois alguns estudantes podem ser mais hábeis em usar um teclado do que a escrita manual.

Dificuldades acadêmicas
• Inteligência média e frequentemente acima da média
• Boa evocação da informação factual
• As áreas de dificuldade incluem resolução e compreensão de problemas, e dificuldade com conceitos abstratos
• Frequentemente fortes no reconhecimento de palavras podem aprender a ler muito cedo,
• mas com dificuldade na compreensão
• Podem ter bom desempenho em computações matemáticas, mas têm dificuldade em resolver problemas
• Excelente memória visual
• não suponha que o estudante compreendeu simplesmente porque ele/ela pode repetir a informação
• seja tão concreto quanto possível ao apresentar conceitos novos e o material abstrato
• use aprendizagens baseadas na prática, sempre que possível
• use ajudas visuais como mapas semânticos
• divida as tarefas em etapas menores ou apresente formas alternativas
• forneça instruções diretas acompanhadas de exemplos
• mostre exemplos de o que é requerido
• Ensine técnicas para ajudar o estudante a tirar notas e organizar e categorizar a informação
• evite a sobrecarga verbal
• capitalize os pontos fortes, por exemplo, a memória
• não suponha que compreenderam o que leram
- verifique para ver se há a compreensão, reforce instruções e use apoios visuais

Vulnerabilidade emocional
• pode ter dificuldade em lidar com as exigências sociais e emocionais da escola
• facilmente ansioso devido à sua inflexibilidade
• baixa auto-estima
• dificuldade em tolerar os próprios erros
• pode ser propenso à depressão
• pode ter reações da raiva e rompantes temperamentais
• elogie sempre que faz algo bem
• ensine o estudante a pedir ajuda
• ensine técnicas para lidar com as situações difíceis e para lidar com o stress
• ensaie as situações
• crie experiências em que a pessoa pode fazer escolhas
• ajude o estudante a compreender os comportamentos e as reações dos outros
• eduque outros estudantes
• use apoio de pares tais como sistemas do «camarada» e suporte de grupo

Hipersensibilidades Sensoriais
• a maioria das hipersensibilidades envolve a audição e o tato, mas podem incluir também o gosto, a intensidade da luz, as cores e os aromas
• os tipos de ruídos que podem ser percebidos como extremamente intensos são:

1. ruídos repentinos, inesperados tais como um telefone que soa, alarme de incêndio
2. ruído contínuo de alta frequência
3. sons confusos, complexos ou múltiplos como em centros comerciais

• esteja consciente que níveis normais de percepção visual e auditiva podem se apreendidos pelo estudante como demasiado baixos ou altos
• mantenha o nível de estimulação dentro da capacidade do estudante
• pode ser necessário evitar alguns sons
• a audição de música pode abafar sons desagradáveis
• minimize ao máximo o ruído de fundo
• nos casos extremos use auscultadores
• ensine e exemplifique estratégias de relaxação e jogos para reduzir a ansiedade

Síndrome de Asperger - Guia para Pais e Professores
Principais características clínicas da SA
• Ausência de empatia, não por incapacidade, mas por dificuldade em expressar sentimentos;
• Interação ingênua, inadequada e unilateral;
• Capacidade reduzida (ou mesmo ausente) para estabelecer amizades; ou esta é processada de forma particular (mais no sentido de quererem agradar);
• Discurso muito formal e repetitivo (muitas das vezes fora do contexto);
• Comunicação não verbal pobre;
• Interesse consistente por determinado assunto;
• Fraca coordenação motora e posturas corporais estranhas ou desajeitadas.

O Diagnóstico da SA
Fase 1
Detectar os sinais: utilização de uma escala de avaliação para pais, professores e profissionais de saúde.

Fase 2
Avaliação de diagnóstico: revisão de aspectos específicos relacionados com as competências sociais, linguísticas, cognitivas e motoras, bem como de aspectos qualitativos dos interesses das crianças; bateria de testes; entrevista com os pais para recolher a historia do desenvolvimento da criança e do seu comportamento em situações específicas; relatórios dos professores, terapeutas da fala e
terapeutas ocupacionais.

Perfil característico das competências linguísticas

• O padrão inclui frequentemente um atraso leve no início da fala;
• Quando começam a falar exasperam os pais com constantes perguntas e monólogos;
• Erros de pragmática (forma como a linguagem é utilizada);
• Linguagem superficialmente expressiva e perfeita;
• O vocabulário tende a ser fluente e avançado, a escolha de palavras invulgar e o discurso algo “pomposo” ou formal;
• Alterações de prosódia e características vocais peculiares: o tom de voz revela-se particular e
pronunciam as palavras de forma extremamente precisa, articulando cada um dos sons;
• Utilização idiossincrática do vocabulário (capacidade de fornecer uma perspectiva inovadora da linguagem);
• Podem utilizar incorretamente os pronomes pessoais ou, por exemplo, usar o nome próprio em vez de eu ou tu;
• Alterações na compreensão, incluindo interpretações literais;
• Verbalização de pensamentos (o constante pensar em voz alta).

Critérios de diagnóstico relevantes para o comportamento social:
Programas de aquisição de Competências Sociais (sugestão aos pais):

Como começar, manter e terminar uma brincadeira
É importante ter consciência de que por vezes a criança tem que aprender a perguntar: “posso
brincar?”; “quer brincar comigo?”; “podem ajudar-me?”; “agora brinco sozinho”... caso contrário
poderão surgir comentários tipo: “ninguém brinca comigo, não gosto de vocês...”, o que só irá fomentar a falta ou perda de amigos.

Flexibilidade, cooperação e partilha
As crianças com SA gostam de ter controle sobre as atividades. Neste sentido, é importante ajudá-la a tolerar sugestões alternativas ou a inclusão de outras crianças, explicando-lhe que o que faz não está errado mas que se for partilhado ficará muito melhor (porque pensado em conjunto).
Quando a criança deseja brincar sozinha
É provável que seja necessário ensinar-lhe quais os comentários e as atitudes socialmente adequadas para  demonstrar. Muitas das vezes estas crianças apercebem-se que ao agirem com alguma rispidez ou agressividade garantem o afastamento dos outros. Ao aprenderem outras formas de fazer, não só deixarão de ser intituladas de agressivas, como passarão a ser respeitadas na sua vontade.

Explicar o que deveria ter sido feito
As dificuldades dos comportamentos relacionais devem-se ao fato de estas crianças não perceberem os efeitos que tais comportamentos têm nos sentimentos dos outros. Para que não sejam sentidas como maliciosas, deverá ser explicado como deverão agir e pedir-lhes que pensem no que iriam sentir se lhes fizessem o mesmo.

Convidar amigos para ir a casa
Planeie com ela atividades ou até mesmo passeios para fazer com um amigo(a) de forma a que a visita seja estruturada e bem sucedida. É importante a presença de um adulto para precaver ou atenuar possíveis efeitos negativos relacionados com as dificuldades ao nível das competências sociais da criança. Um momento bem passado poderá ser um forte incentivo para que novas situações se proporcionem.

Dimensão Indicadores
Alteração do comportamento social (mínimo 2 indicadores)
 a) Dificuldade de interação com os outros
b) Falta de vontade em interagir com pares
c) Percepção alterada dos sinais sociais
d) Comportamento social e emocional inadequado

Alterações da comunicação não verbal e comportamento social (mínimo 1 indicador)
a) Uso limitado de gestos
b) Linguagem corporal desajeitada
c) Expressões faciais pouco variadas
d) Expressões faciais inadequadas
e) Olhar fixo e peculiar
Inscrever a criança em atividades
Ao inscrevê-la, por exemplo, nos escoteiros, grupo de música ou teatro, estará a alargar as suas experiências sociais. Estes tipos de atividades têm a vantagem de serem, normalmente supervisionadas e estruturadas. Deverá, no entanto informar o adulto responsável das características da criança e quais as estratégias de integração mais eficazes.

Programas de aquisição de Competências Sociais (sugestão aos professores):
Referir outras crianças para demonstrar comportamentos a observar
A criança pode ser insubordinada ou intrometida porque desconhece outros padrões de conduta na sala de aula. Quando tal acontece, experimente dizer-lhe que observe primeiro e realize depois, partindo do princípio de que os outros estão a agir corretamente.

Encorajar jogos e atividades cooperativas
Provavelmente a criança com SA necessita de orientação quanto à sua vez de falar, a permitir que todos tenham oportunidades iguais e a aceitar as sugestões dos colegas. Em jogos competitivos poderá desejar ser a primeira, o que não tem a ver com superioridade mas com a vontade de saber qual o seu lugar no grupo e com o fato de se sentir satisfeita.

Modelar o relacionamento com a criança
Os colegas de turma por vezes sentem-se inseguros perante o comportamento social da criança com SA, procurando naturalmente nos professores o arquétipo do comportamento a adaptar. Neste sentido, é importante modelar e encorajar comportamentos tolerantes, recorrer a atividades de desenvolvimento de competências sociais e reforçar positivamente a cooperação entre todos.

Ensinar a criança a pedir ajuda
É importante ensiná-la a pedir ajuda a outras crianças, para que o adulto não seja a única figura a ser vista como fonte de conhecimento e segurança.

Encorajar as amizades
De início, pode ser útil identificar e encorajar a interação com um número restrito de colegas que se mostrem dispostos a ajudar e a brincar com ela. Não interessa se é rapaz ou rapariga, interessa que sejam potenciais amigos para que a envolvam nas atividades, dentro e fora da sala de aula. Elas poderão vir a ajudá-la a lidar com situações de recriminação, a integrá-la nos jogos de grupo, a agir em sua defesa na sala de aula e a ajudá-la a compreender como tem de proceder quando a professora não está presente ou disponível. É de fato surpreendente o apoio e a tolerância de que certas crianças são capazes.

Garantir a vigilância no recreio durante os intervalos
Para a maior parte das crianças, os melhores momentos do dia na escola é o recreio. No entanto, a falta de vigilância e a intensa interação podem ser negativas para a criança com SA, tendo em conta a sua vulnerabilidade. Os responsáveis pela supervisão destes momentos devem ser informados das características da criança de forma a evitarem possíveis conflitos e a promoverem o envolvimento ou mesmo a sua necessidade de estar só.

Controlar possíveis efeitos adversos da tensão relacional
A criança pode estar consciente da necessidade de seguir os códigos de conduta da sala de aula, de evitar chamar a atenção sobre si mesma e de se comportar como as outras crianças. Neste sentido, a pressão a que se sente sujeita para estar “enquadrada” pode conduzir a uma enorme tensão emocional, que quando levada ao limite se liberta normalmente quando a criança chega a casa, impedindo a harmonia da estrutura familiar. Sugere-se que os professores permitam à criança atividades de descontração antes de regressar a casa (dando-lhes por ex. Jogos com áreas de interesse) de forma a atenuar a tensão emocional resultante da observação de regras de comportamento individual e social.

Manter os apoios educativos
Muitas das competências de que carecem as crianças com SA não são ensinadas como componentes específicos do currículo escolar, sendo essencial que mantenha os apoios educativos, a fim de lhe proporcionar um ensino individual ou em pequenos grupos e melhorar o seu comportamento social. Neste apoio o número de horas deve ser estabelecido caso a caso, tendo sempre em conta as necessidades específicas de cada criança.

Criar grupos de treino de competências sociais
Estes grupos permitem aprender e praticar uma variedade de competências, recorrendo a atividades de complemento educativo, como o teatro, ou a programas específicos, conduzidos por especialistas na SA. Os grupos não devem ser muito grandes para que beneficiem de um acompanhamento mais individualizado e uma interação constante. Deverá ser elaborado um perfil de cada um dos membros do grupo, estabelecendo as áreas mais e menos fortes de cada um dos elementos. É importante que as situações sejam analisadas em pormenor, uma vez que só através da sua descrição é possível conhecer as percepções individuais dos acontecimentos, os sinais, os motivos e as opções =» não esquecer que as Pessoas com SA podem não entender completamente os nossos pensamentos e sentimentos em contexto social, o que também poderá acontecer com outros elementos do grupo.

Sugestão de atividades:
• Representar situações em que a pessoa sentiu dúvidas quanto à forma de agir ou de falar...
ensaiando opções mais adequadas sugeridas pelos outros elementos do grupo;
• Demonstrar comportamentos sociais inadequados e pedir a cada um que identifique os erros e dê alternativas;
• Os registros de vídeo e as dramatizações são uma forma útil e divertida para demonstrar o que NÃO deve ser feito, passando-os antes da demonstração dos comportamentos adequados.

Estratégias sumárias de Treino Comportamental Social
• Aprender a:
• começar, manter e terminar brincadeiras
• ser flexível, cooperativo e capaz de partilhar
• isolar-se sem ofender os outros
• Explique o que a criança deveria ter feito
• Encoraje um amigo a brincar com a criança em casa
• Inscreva-a em clubes desportivos, grupo de escoteiros ou associações
• Ensine-a a observar outras crianças para que tenha outro tipo de indicações sobre “o que fazer” e “como fazer”
• Encoraje-a a participar em jogos cooperativos e de competição
• Modele o modo de relacionamento com os outros
• Informe-a sobre formas alternativas de pedir ajuda
• Encoraje potenciais amizades
• Proporcione distrações nos intervalos
• Tenha em atenção os sentimentos e emoções que não expressa
• Procure que o seu filho tenha apoios educativos
• Utilize os momentos do dia-a-dia para entender os sinais e a atuação adequada a situações específicas.
• Crie grupos de competências sociais para adolescentes:
• para treinar opções mais adequadas
• para demonstrar o comportamento social inadequado
• para encorajar a auto-revelação e a empatia, através de leitura (poesia,teatro) e jogos para aprendizagem da linguagem corporal
• Projetos e atividades que evidenciem as qualidades de um bom amigo
• Ajude a entender emoções:
• explore uma emoção de cada vez
• ensine a ler os sinais indicativos de diferentes níveis e emoções e como lhes responder
• ensine frases que a criança pode e deve dizer quando se sente confusa
• Ajude a expressar emoções:
• use um mediador como guia visual
• use gravações de vídeo e representações para obter formas de expressão mais subtis ou precisas
• use perguntas ou um livro em forma de diário para encorajar a auto-revelação.

Estratégias sumárias para o desenvolvimento da Linguagem

Pragmática
• Aprender
• meios apropriados de iniciar uma conversa
• a pedir esclarecimentos quando surgirem dúvidas
• a ter confiança para dizer que não sabe
• Ensinar a reconhecer os sinais indicativos do momento de responder, interromper ou mudar de assunto
• Modelar comentários indicadores de empatia
• Sussurrar ao ouvido da criança o que ela devia dizer ao interlocutor
• Recorrer a atividades de oralidade e de dramatização
• Recorrer a exercícios do tipo “momentos do dia-a-dia” e “conversas em banda desenhada” para representação verbal dos diferentes níveis de comunicação
Interpretação literal
• Pensar nas possíveis formas de evitar uma interpretação inadequada de um comentário ou instrução
• Explicar o significado de metáforas ou figuras de retórica
Prosódia
• Ensinar a regular a entoação, o ritmo, as pausas, a velocidade e o volume da voz
Linguagem rebuscada
• Evitar abstrações e imprecisões
Vocabulário idiossincrático:
• Aspecto genuinamente criativo da SA a ser encorajado
Verbalização de pensamentos:
• Encorajar o sussurrar e o tentar “pensar no assunto sem falar em voz alta”
Discriminação e alteração auditiva:
• Encorajar a criança a pedir a repetição, a simplificação, a passagem a escrito ou a reformulação de instruções
• Efetuar pausas entre instruções
Fluência verbal:
• Ter em conta que a ansiedade pode inibir a oralidade e requer tratamento.

Estratégias sumárias para lidar com Interesses e Rotinas

Interesses especiais:
• Facilitam o diálogo
• Denotam inteligência
• Ajudam a criar um sentimento de ordem e consistência
• Tornam-se uma fonte de prazer e descontração
Estratégias:
• Proporcionar um acesso controlado, limitando o tempo de dedicação às tarefas favoritas
• Aplicar as rotinas de forma construtiva para:
• aumentar a motivação
• construir uma hipótese de projeto vocacional e de maior envolvimento social

As Rotinas como forma de reduzir a imprevisibilidade
Estratégias:
• Tentar estabelecer compromissos
• Ensinar o conceito de tempo e criar horários de atividades
• Reduzir o nível de ansiedade

Motricidade na SA – capacidades afetadas
Locomoção
Na marcha e na corrida as pessoas com SA têm movimentos desajeitados, parecidos com os de uma “marionete” e nas crianças, muitas das vezes o movimento do corpo não é acompanhado pelo balançar de braços.

Jogos de bola
A capacidade para apanhar e atirar a bola com precisão parece estar particularmente afetada. Uma das consequências da falta de habilidade da criança para os jogos de bola é a sua exclusão da maioria dos jogos coletivos por representar um “estorvo” para a equipe que integra.

Equilíbrio
Que poderá afetar a capacidade de usar certos equipamentos no recreio ou de fazer determinadas atividades na ginástica.

Destreza manual
Envolve a capacidade para usar as duas mãos, por ex. aprender a abotoar-se, a vestir-se, a atar os cadarços dos sapatos, ou a utilizar os talheres; pode ainda envolver a coordenação de pés e pernas, como o andar de bicicleta. Ensinar a colocar a “mão sobre a mão” é útil à criança.

Caligrafia
É possível que os professores tenham de fazer um esforço para perceber algumas das “garatujas” indecifráveis da criança; esta, por sua vez, tem consciência da “qualidade” da sua caligrafia e poderá mostrar-se relutante em aceitar atividades que envolvam a escrita.

Alteração do ritmo dos movimentos
O fato de parecerem impulsivas e incapazes de executar a tarefa de forma lenta e refletida, resulta num maior número de erros e na irritabilidade de todos – criança, pais, professores.

Falta de firmeza nas articulações
Desconhece-se ainda se a falta de firmeza das articulações é um problema estrutural ou se deve a uma fraca tensão muscular.

Ritmo
É-lhe extremamente difícil sincronizar os movimentos rítmicos com os de outra pessoa durante o caminhar, ou num acompanhamento musical.
Imitação de movimentos
Durante um diálogo existe a tendência para imitar a postura, os gestos e os maneirismos do interlocutor. Ao que parece, pessoas com SA reproduzem meticulosamente as posturas corporais da outra pessoa, a ponto de a sua postura se tornar “artificial”.

Estratégias sumárias para melhorar a Coordenação Motora

Marcha e Corrida
• Melhorar a coordenação motora dos membros superiores e inferiores.

Jogar à bola
• Melhorar as competências para agarrar e atirar, de modo a facilitar a inclusão da criança nos jogos de equipe.

Equilíbrio
• Utilizar equipamento de recreio e de ginásio.

Destreza manual
• Modelar os movimentos da mão com a técnica “mão sobre a mão” i.e., os pais ou professores pegam nas mãos ou membros da criança e conduzem-nos através de determinados movimentos, retirando esse apoio de forma gradual.

Caligrafia
• Fazer exercícios de correção
• Aprender a usar o teclado
Rapidez de movimentos
• Supervisionar e encorajar a diminuição do ritmo dos movimentos
Falta de firmeza/ imaturidade para manipular objetos
• Programas de correção com um Terapeuta Ocupacional

Alterações motoras
• Tiques, piscar de olhos, movimentos involuntários (Síndrome de Tourette)
• Posturas invulgares, “congelamento” de movimentos, caminhar arrastado (exame para diagn. De Catalepsia ou de características de Parkinson)
• A pessoa deve ser submetida a exame médico especializado

Estratégias sumárias para a Cognição

Teoria Cognitiva
• Aprender a compreender as perspectivas e pensamentos dos outros, recorrendo à representação de
cenários e instruções
• Encorajá-la a parar e a pensar antes de agir ou falar, como a pessoa se irá sentir

Memória
• Explorar a capacidade de memorização de informações factuais e triviais, com jogos e labirintos.

Flexibilidade do Pensamento
• Exercitar a pesquisa de estratégias e soluções alternativas
• Aprender a pedir ajuda, recorrendo se necessário, a um código secreto
Leitura, ortografia e cálculo
• Analisar se ela recorre a estratégias não convencionais de processamento de informação.
• Se a estratégia alternativa funcionar, há que aceitá-la e desenvolvê-la, em vez de tentar ensinar estratégias convencionais
• Evitar as críticas e as manifestações depreciativas
Imaginação
• O mundo imaginário pode ser uma forma de escape e deleite

Pensamento visual
• Encorajar a visualização, recorrendo a diagramas e a analogias visuais.

Estratégias sumárias para a Sensibilidade Sensorial

Sensibilidade auditiva
• Evitar determinados sons
• Ouvir música poderá camuflar sons incomodativos
• Treinar a integração auditiva
• Reduzir ao mínimo os ruídos de fundo, em especial o de várias pessoas a falar em simultâneo
• Considerar o uso de tampões ou auscultadores
Sensibilidade táctil
• Comprar peças repetidas de vestuário que seja tolerado
• Recorrer à Terapia de Integração Sensorial
• Recorrer a massagens

Sensibilidade ao paladar
• Evitar regimes alimentares ou privação de alimentos forçados
• Dar a provar novos alimentos, em vez de exigir que sejam mastigados e engolidos
• Introduzir novos alimentos quando a criança está distraída ou descontraída.

Sensibilidade visual
• Evitar a luz intensa
• Usar óculos de sol

Sensibilidade à dor
• Procurar indicadores comportamentais de dor
• Encorajá-la a dizer quando sente dor