O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela “Down
Syndrome International” entidade que congrega associações de síndrome
de Down de todo o mundo, foi escolhido para ser o dia 21 de Março,
porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3/21), fazendo alusão à
trissomia do 21. No Brasil, é a Federação Brasileira das Associações de
Síndrome de Down (FBASD) quem articula e organiza eventos em todo o
país.
A Síndrome de Down ficou conhecida mundialmente por ser uma síndrome
relativamente comum (1 a cada 800 nascimentos), permitindo assim
maiores estudos que melhoram a qualidade de vida.Estamos em uma época onde a inclusão está a todo vapor, temos
novelas, comerciais, programas de tv, sites, revistas todos tentando
mostrar inclusão. Só que isso pra mim é apenas uma parte, eu fico muito
mais feliz é de ver o resultado e descobrir que um aluno
com Síndrome de Down passou no vestibular, que uma aluna concluiu o
curso de Pedagogia, que outro se tornou faixa preta de Judo, uma menina
que é faixa marrom de Karate (falta uma para a preta) e assim vai,
poderia ficar aqui falando inúmeros exemplos…
Mas como eles conseguem?
Essa é a pergunta com a resposta mais simples!! Tudo é possível com muita força de vontade.Nessas horas a Família, Colegas e a Instituição de ensino fazem muita diferença, a Família e os Colegas devem dar apoio e encoraja-los a seguir em frente, as Instituições de Ensino devem trabalhar com profissionais dedicados e atendimento especializado, e não podemos esquecer da dedicação do próprio aluno.Quando estamos lendo o texto acima, imaginamos cenas diferentes para as pessoas com necessidades especiais, mas se vocês podem perceber que no final é o mesmo que qualquer aluno tipico precisa!! Cada aluno é diferente do outro, assim como ninguém é igual a ninguém.
DICAS PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN
Não é nossa intenção trazer aqui uma série de atividades prontas para
que sejam aplicadas nas aulas de educação física para a criança
portadora de síndrome de Down. Até porque o autor não percebe muitas
diferenças da educação física para os ditos normais daquela outra dita,
para os "deficientes", ou seja, a educação física especial ou
"adaptada" (a nomenclatura varia de uma instituição para outra).Assim,
quanto menos fizermos adaptações nas nossas aulas, mais nossos alunos
se sentirão capazes de realizações idênticas aos seus pares
considerados normais. E, em verdade, parece que a educação física é, em
sua essência, adaptada. Senão vejamos: quando aplicamos o conteúdo
vôlei, por exemplo, para as crianças do ensino regular, fazemos algumas
adaptações no que se refere ao jogo institucionalizado propriamente
dito.Podemos aumentar o número de jogadores, diminuir o tamanho
da quadra, abaixar a rede, entre outros. Esse exemplo, respeitando suas
particularidades, serve também para o futebol, o handball, a natação,
etc.Poderemos também vislumbrar um esporte (se for esse o
conteúdo) da escola e não na escola (Bracht, 1992). O esporte da escola
estaria subordinado aos interesses, necessidades, aspirações e
inspirações do educando. A competição exacerbada, o princípio do
rendimento a todo custo, o jogar contra o outro, as regras rígidas, por
exemplo, não seriam as preocupações maiores daquele educador
comprometido com a busca de uma fundamentação teórica mais consistente
para desenvolver uma prática sócio-educativa coerente e identificada
com as demandas de uma educação voltada para a (re)construção
humana. Esse educador possibilitaria, assim, "a geração de novas
formações sociais" (Gamboa, 1991).
Parece também que a educação
física "adaptada", para alguns, constituise em uma atividade bem
diferente, porque atende a pessoas muito diferentes. Pensando assim,
quanto mais adaptada se tornar a educação física para essa população e
para todas as pessoas consideradas "deficientes", mais iremos promover
e, assim, consagrar a deficiência.
Carecendo ainda de uma sólida
fundamentação científica e dados concernentes à natureza e às
características da população Down,podemos afirmar que as práticas
pedagógicas em educação física, ao priorizarem jogos simbólicos e
linguagem, esquema corporal, coordenação viso-motora, organização
espaço-temporal, exercícios de atenção visual, auditiva e tátil,
fortalecimento da musculatura respiratória, melhora da postura, do
tônus e do equilíbrio darão contribuição de capital importância para a
promoção da aprendizagem e bem-estar físico da criança portadora de
síndrome de Down.A seguir listarernos algumas sugestões ao
professor-educador para que ele possa realizar intervenções pedagógicas
mais coerentes com a realidade do aluno. Faz-se necessário frisar que o
autor entende a formação profissional, em qualquer área de estudo, como
um eterno vir a ser. Sem deixar discutir, obviamente, problemas
concretos da realidade que se mostra, nem abandonando conhecimentos já
adquiridos anteriormente pelo professor.
1 . Convém trabalhar com grupos pequenos nas fases iniciais. Às vezes é preciso personalizar o trabalho, sobretudo quando o professor é ainda incipiente;
2. as explicações devem ser acompanhadas de demonstrações, que devem ser claras e breves;
3. utilize seus conhecimentos e adapte-os quando for necessário no sentido de atender à individualidade do aluno;
4. varie as atividades, a fim de obter a atenção e o prazer;
5. sempre que possível, socialilize a criança portadora de Síndrome de Down com os outros alunos. Lembre-se: a integração e a normalização, entre outras, são parte de nossa bandeira;
6. progrida lentamente, oferecendo primeiramente atividades familiares (Seaman & De Pauw, apud Rosadas, 1994);
7. promova a autoconfiança de seu aluno;
8. converse com todos os interessados (pais e toda a equipe que trabalha com você) a respeito de sua conduta pedagógica;
10. registre, por meio de anotações, fotografias, filmagens, todos os momentos de suas aulas;
11. procure não improvisar, tirando sua aula "do colete". Prepare-as sempre;
12. cultive nos alunos o gosto pela descoberta e pela busca de novos conhecimentos;
13. atualize-se! Atualize-se! Atualize-se!